Ano

2015
Pastiche

O interesse pelo que nos antecede, pelo que nos vem construindo, o que ficou e o que pode acontecer. Manifestamente, Pastiche surge a partir de uma reorganização de materiais e formulações assentes em pressupostos coreográficos existentes. É, simultaneamente, uma pesquisa e o enaltecimento de marcos estéticos e de linguagens específicas. Parte-se de uma apropriação de fragmentos emblemáticos, ajudando na construção de uma memória colectiva da escrita coreográfica e da imagética de alguns dos mais representativos coreógrafos das duas últimas décadas da dança contemporânea portuguesa.


Ideias, formas e sons remontam a fotografias que marcam sensações e convergem num ambiente imparcial, a construção experimenta a comparação, duplicação e sobreposição. Fragmentos que assumem o mundo e passam a existir em si mesmos. 


“Pastiche surpreende-nos. Revisitar o léxico e os processos criativos de coreógrafos emblemáticos da chamada "nova dança portuguesa" é uma proposta simultaneamente pertinente e arriscada. Pertinente, porque faz falta à dança e, em especial, à dança portuguesa, debruçar-se sobre o seu legado recente numa perspetiva crítica e atualizada. Arriscada, porque o pastiche é em si mesmo um território sensível que escorrega facilmente para o historicismo estéril ou para a exploração do ridículo. Mas não. Este Pastiche tem efetivamente algo de exercício documental, de citação respeitosa e de apropriação irónica, em sofisticada articulação. A eliminação de figurinos, adereços e até de corpos icónicos na concretização dos diferentes discursos coreográficos empresta-lhes qualidades novas e esbate, sem anular, o seu perfil identitário.


Aos que conhecem bem o trabalho dos coreógrafos citados, desafia-os na capacidade de identificar o que pertence a cada um. E aos outros, apanha-os desprevenidos, conquistando o seu respeito e adesão a um património que se afirma pela riqueza e variedade que contém.”

Maria de Assis 

Ficha Artística

Direcção e criação artística: Luiz Antunes, Sérgio Diogo Matias

Interpretação Interpretation: Flora Détraz, Luís Guerra, Sérgio Diogo Matias

Música: Diogo Alvim

Figurinos: Aleksandar Protic

Desenho de Luz: Zeca Iglésias

Fotografia: @Margarida Dias

Design gráfico: Miguel Bernardino 

Tradução: Miguel Côrte-Real

Consultadoria artística: Gil Mendo

Produção e gestão de projecto: João Guimarães

Residência artísticas: Fórum Dança e Rumo do Fumo

Produção: -mente, Dupla Cena

Apoio: Companhia Olga Roriz, Bomba Suicida, E.E.D.C. Anna Mascolo, Fórum Dança, Nome Próprio, O Rumo do Fumo, Teatro Praga

Financiamento: Fundação Calouste Gulbenkian

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